Muitos experimentos morrem ainda antes de nascer, por conta dos erros em formulários de pesquisa, coletas de dados mal elaboradas ou feitas sem planejamento prévio.
Se você não direciona bem as perguntas, certamente as respostas caminharão pelo mesmo caminho.
Para evitar dores de cabeça é importante certificar que o formulário de pesquisa seja conduzido da forma correta. Parta de objetivos claros e bem formulados, seja planejado e siga métodos científicos, para evitar que a coleta de dados resulte em informações inutilizáveis para a pesquisa.
A começar pelo básico, conheça cinco erros em formulários de pesquisa, que apesar de comuns podem colocar em risco todo o seu estudo.
Não ter objetivos claros em mente resulta em erros em formulários de pesquisa
Os objetivos em uma pesquisa científica, além de representarem as intenções do pesquisador para com o estudo, criam possibilidades para que ele obtenha as respostas que ele procura em sua pesquisa.
Neste sentido, é essencial manter o foco e a objetividade nestas questões iniciais, para se evitar erros em formulários de pesquisa e que o percurso se desenrole por um viés diferente do planejado.
Todo o estudo será conduzido por este objetivo. Este propósito deve ser o elo responsável por estabelecer uma ligação com as demais ações que o projeto de pesquisa envolverá. Afinal uma será continuação da outra.
Construir o formulário com perguntas mal elaboradas
A formulação das perguntas tem grande efeito sobre as respostas e certamente pode conduzir a erros em formulários de pesquisa.
Portanto, criar um formulário bem construído e aplicado é essencial para que os propósitos se cumpram e se reduza o erro amostral da pesquisa.
Quanto a linguagem recomenda-se que ela seja simples e utilize de palavras conhecidas para facilitar o entendimento da questão. Deve também ter o mesmo significado, tanto para o pesquisador, quanto para o respondente.
Recomendações gerais incluem outros pontos, entre eles, que o pesquisador busque construir o formulário adotando uma ordem lógica nas perguntas, tome o cuidado para não ser tendencioso ao formular as questões, evite mudanças bruscas nos temas das questões e jamais responda a uma questão por dedução própria.
Dar ao respondente formatos de respostas não aplicáveis
Assim como na formulação das perguntas, o pesquisador também deve ter muito cuidado na escolha das opções de respostas que aplicará no seu estudo, para evitar erros em formulários de pesquisa.
A escolha do formato das respostas deve ser conduzido pelo objetivo macro da pesquisa, e levar em conta as vantagens e as desvantagens de cada método para o estudo em questão.
Respostas abertas por exemplo, exigem bastante atenção. Elas podem ter uma interpretação subjetiva por parte de cada profissional que estiver fazendo a decodificação dos dados. Além disso, por serem menos objetivas, permitem o respondente divagar sobre o tema e até mesmo perder seu foco.
Outros formatos também trazem vantagens e desvantagens. O contexto geral deve ser analisado para a correta escolha dos estilos. Isso inclui os objetivos, o tempo disponível, a experiência do pesquisador e outras questões relevantes e que façam sentido para o estudo.
Cometer erros ou fazer anotações de forma imprecisa
O que se espera do entrevistador é que ele registre fiel e integralmente as respostas dos entrevistados ou ainda relate nestas mesmas condições o fato observado.
Entretanto, a utilização de métodos convencionais, que utilizam de papel, caneta e outros instrumentos para a coleta de dados são pouco precisos e deixam a pesquisa muito vulnerável aos erros humanos.
Para minimizar estas questões o recomendado é que o pesquisador utilize de softwares especializados para sua coleta de dados. Nestes ambientes é possível construir formulários, coletar dados – conectado ou não a internet – aprimorando sua experiência com mapas geográficos, fotos, imagens e outros recursos e ainda compartilhar e controlar tudo da tela do seu smartphone ou tablet.
Perder ou não cuidar dos dados originais extraídos na coleta de dados
Recomenda-se que até o final da pesquisa, e mesmo depois dela concluída, os dados originais extraídos na coleta de dados sejam preservados.
Além disso, um bom pesquisador sabe que informações resumidas não substituem os dados brutos. Nunca se sabe quando precisará deles novamente.
O armazenamento dos formulários e fotos em papel certamente não resistem ao tempo como gostaríamos, sem contar no espaço que eles ocupam nos armários. Pensar na organização destas informações em uma posterior consulta então, nem se fala.
Mais uma vez, as ferramentas digitais se colocam à disposição dos pesquisadores. Todo o material coletado fica armazenado, em nuvem, uma plataforma segura e acessível a qualquer hora e em qualquer lugar.
As dicas levantadas até aqui servem de alerta, mas jamais devem inibir qualquer tentativa de experimentação.
O primeiro rascunho de formulário, mesmo para pesquisadores experientes, nunca recebe a aprovação direta. Ele deriva de um processo de melhoria contínua, onde são feitos exames e tantas revisões sejam necessárias até estar pronto para o pré-teste. Depois disso, e feitas outras novas revisões o formulário estará em condições de ser aplicado de forma eficaz para uma pesquisa.
Desafie-se. Permita-se experimentar, e sem medo de errar, vá de encontro a novas descobertas e aprendizados.
